quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Vamos falar sobre drogas perigosas de verdade - Escrever

~Estou tentando gastar os rascunhos que só vou conseguir fazer se estiver em casa hahaha
Esse é um deles.~

Escrever!!

Gente, escrever é difícil. Mas também é fácil, então não desanimem! O troço sobre escrever é que escrever é muito estranho. É você falando, mas ao mesmo tempo não é. Eu, por exemplo. Dizem que escrevo bem, e ocasionalmente me surpreendo positivamente com minha escrita, mas. Na boa. Não me peçam para contar uma história falando. Mano, eu me enrolo tanto. Distraio no meio do caminho, uso 'tipo' e 'e aí' como se fosse todo o meu vocabulário, construo as frases ao contrário e não dá para perceber qual deveria ter sido o clímax da história, e termino do nada com 'é isso aí'.
Espera. Eu faço isso nos posts.
Ai meu deus.

Tá bom, então vocês têm uma ideia muito boa de como eu falo. É assim. Só que com palavrões. Sim eu falo palavrão desculpa mãe. E eu também faço vozes estranhas. E gosto de colocar S no final de apelidos. Por exemplo, o Leo seria Leos. A Menori seria algo como Mens ou Noris. A Corrine algo como... nossa que difícil colocar um S aí. Hum, Nes? .-.
O ponto é. Eu não sei falar. O único modo pelo qual consigo me expressar claramente, dizer tudo o que quero, é escrevendo. mesmo pq minha voz me irrita e me distrai enquanto falo mas isso não é importante
é o que me pergunto várias vezes por dia
Já percebeu que quem escreve tem uma espécie de personalidade oculta? Por exemplo, alguém super alegre e serelepe que aparece com um texto que fala sobre o assassinato da mulher grávida do narrador (true story). Ou aquela pessoa que você acha que nunca tocou em um dicionário na vida mas que usa palavras como 'ósculo', 'estupendo' e 'constipado' como se fosse normal. É fantástico. E o mais impressionante é que TODO MUNDO tem essa personalidade oculta, mas as únicas pessoas que a descobrem são aquelas que se dedicam a atividades mágicas como escrever e desenhar e afins.
Todo ser humano tem um mundo diferente dentro de si. Talvez vários. Mas uns poucos os exteriorizam.
John Green é o exemplo perfeito de um autor: com uma caneta - um gênio. Normalmente - ...
Agora, os que exteriorizam... Costumam enlouquecer um pouco no processo.
Por exemplo: EU.

Eu comecei a escrever em 2010, há apenas 4 anos atrás. Uma história que ainda não terminei, nomeada singelamente de Livro 1. Porque sou muito, mas muito boa em achar nome para as coisas que escrevo.
Quem narra é uma pequenina bola de ego chamada Ivan. Ele se acha a última bolacha do pacote, é um pouco irritante, e eu o amo muito. Entra em uma encrenca envolvendo um rubi roubado, faz um trato com a polícia e vai atrás do ladrão. Era para ser uma espécie de história policial misturada com romance (porque eu era jovem influenciável e achava que o amor era a coisa mais fofa e importante do mundo, me processem), mas agora já não tenho mais certeza de o que vai ser. Personagens são difíceis de se controlar, e o Ivan é particularmente rebelde, porque se considera mil vezes mais importante do que eu. Não tenho ideia do que ele vai aprontar, então estou esperando para ver se o metido me conta. Enquanto isso, vou escrevendo outras coisas.

Em dezembro de 2010, como presente de natal, meus pais me deram de presente meu primeiro caderno de anotações. Eu não sabia muito bem como usar um caderno de anotações, então logo depois de anotar o nome de todos os personagens de Special A (um anime shoujo meio impossível mas legal. Pelo que eu lembro de 4 anos atrás), imediatamente comecei a escrever uma história nova em folha, tirada de um sonho estranho que tive.
Essa eu chamo de Livro 2.

O narrador é o Dan. Um cara lerdo com uma família graaande que guarda um segredo de igual dimensão. Mas, na boa, o segredo não é tão secreto assim. Acho que a maior parte do que eu escrevo envolve o Dan falando alguma coisa idiota. Mas ele é amável também, juro.

2011 foi um ano bem produtivo. Eu criei o Livro 2, a ideia inicial de Devaneio (SIM UM TÍTULO DECENTE NÃO É INCRÍVEL), um troço identificado por ? que estou revolucionando completamente (a protagonista era muito chata e me irritava '-'), e BHB, sigla para Broken-Hearted Boy, porque tudo o que o Ayel fazia quando ele apareceu era se lamentar. Também foi quando eu desenvolvi uma total fobia de deixar pessoas lerem ou manusearem meu caderno sem a minha vigilância, porque 4 meninos uma vez o pegaram durante a aula de Educação Física, e eu nunca passei tanta vergonha na minha vida. Um deles ficou me enchendo por meses por causa das minhas notas sobre a cor dos olhos do Omar, da Iris e da Aspen.

---> Na boa. Nunca leiam o caderno de anotações de alguém sem autorização, seja de um escritor, um desenhista, escultor, músico, qualquer coisa. Só não peguem, ok? <---

Em 2012 peguei um caderno novo. Meu plano era usar um caderno por ano. E estava dando muito certo. Mas eu comentei que a loucura se instaura no processo, não? Foi assim que usei um caderno de 200 páginas em quatro meses, o que foi um pouco exagerado. Não é minha culpa! Quando se abre a válvula de ideias, quando você se deixa criar, não dá para parar. Sim, existe algo como ter projetos e ideias demais, e é uma experiência um pouco desesperadora. Tanto quanto não ter ideia nenhuma.

O fato é, crianças, que eu comecei apenas com o Livro 1, e atualmente estou assim:
Pois é a minha letra é estranha e meus emoticons também algum problema
Esse é um esquema que fiz, tentando lembrar de tudo o que já tinha criado e precisava terminar. Cada nuvem é uma história abandonada e insatisfeita, e eu sou o solzinho. Bastante coisa, não. E essa é a versão não-atualizada -..-'

Então, gente, escrevam. Escrevem o que quiserem. Receitas, reportagens, fanfiction, contos, crônicas, romance, terror, histórias para criança, contos de fada. Tanto faz. Se sentir vontade de escrever, só escreva. Não passe tempo demais se preocupando se o que você escreve é bom ou é ruim. Ninguém faz um rascunho bom, e é por isso que chama rascunho, não versão final revisada milhares de vezes para ficar boa. Você vai ter muito tempo depois para deixar seu texto bom. No primeiro momento o que importa é escrevê-lo.
Acima de tudo, ouçam a sabedoria da Kuroneko e lembrem que


Lembrar disso é uma luta, mas tentem. Eu estou fazendo um esforço, e quando funciona é lindo. Porque escrever é lindo, e o jeito que você escreve é igualmente único e lindo.
Agora, é claro. Também não venham esperando que seja sempre lindo. Além da sabedoria da Kuroneko, não esqueçam das minhas brilhantes Sacadas da Madrugada, como a do dia 7 desse mês. Às 2:29 da manhã eu me dei ao trabalho de criar uma nota no meu celular e digitar:


Mantive os erros de digitação para dar uma ideia do meu estado mental naquele momento. Estava tão cansada que não consegui completar meu pensamento, mas se tivesse conseguido, seria isso:

Também como em um relacionamento, o que faz escrever valer a pena é o não desistir mesmo durante crises. Porque depois que elas são apropriadamente discutidas e resolvidas, as coisas ficam ainda mais fantásticas do que eram antes. É aquele relacionamento que termina em casamento, porque não importa o quanto doa, você nunca vai conseguir sentir um amor tão grande por outra coisa. 

Gente. Escrever é muito fantástico e completamente viciante. Manuseiem com cuidado.
~

É isso o que acontece quando você não tem cuidado. Esses são todos os meus terminados, menos o 0, que era pra ser um diário mas contém as primeiras aparições do Ivan. O 1 foi o que os meninos leram. O 2 não veio com esses adesivos, eu colei hehe. O 3 foi um achado em uma livraria de SP capital. O 4 veio de Curitiba, se não me engano; não tem linhas, o que é muito bom. O 5 minha mãe fez, é pequenininho e terminei em 3 meses. O 6 é um Moleskini, uma marca super consagrada (e cara, infelizmente -w-) de cadernos. E o 7 eu comecei em julho desse ano e terminei em outubro, um recorde.


E aqui todos empilhadinhos!! O no topo é o meu atual. Sim, uma TARDIS! o3o ~

O lado bom é que tem muita gente na internet muito mais capacitada e esperta do que eu que oferece ótimos conselhos sobre escrever. Eu sigo um monte de blogs sobre o assunto, uns 11. Agora, o meu preferido provavelmente é o tumblr do Max Kirin, que já publicou 4 livros e é adoravelmente prestativo e animador. Recomendo 100%. E se o Max aprendeu inglês o suficiente para manter um blog e escrever 4 livros, acho que vocês podem fazer um esforço em retorno e ler o site dele em inglês também (hehehe). (*clica*)

Tá eu não lembro qual era meu propósito com esse post e ainda está cedo mas eu estou exausta. Deve ter sido o esforço para não ficar falando das minhas crianças retardadas.
Ahn, fiquem na escola, pessoal! o/

Beijos Bia, alguém que sinceramente precisa se esforçar para tentar terminar alguma história. Na boa. Está ficando ridículo.

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