Suponho q eu possa dizer q esse texto é dedicado a essa minha amiga, que provavelmente nunca vai lê-lo. Eu vou mesmo sentir sua falta, girl.
obs: mudei os nomes das pessoas, ok?
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Desde Sempre
Murmúrios na sala. Uma carta entregada pela direção. Tudo gira em torno de mim, mas eu não vejo nada. Presa em meu próprio mundinho imaginário, o que chega são algumas frases desconexas e imagens vagas. Como se eu estivesse dormindo.
Só ouço de verdade perto do final da aula. Outro murmúrio, mas dessa vez dirigido a mim.
-É verdade que a Marina vai sair da escola?
A frase me acorda. Já era hora.
-Como assim?
-A carta... Parece que foi uma carta de despedida da direção.
-Sério? – Outra garota responde. A que me passou a informação vira para ela.
Eu, já presa em minha cabeça novamente, especulo sobre o que acabei de ouvir. Marina saindo da escola? Não. Não poderia ser verdade. Não quando ela já estava ali há mais de 10 anos, não quando fazia parte do grupo de 5 pessoas que estavam lá desde sempre, aquelas pessoas que você podia procurar em todas as fotos da sala e acharia. Eu era uma delas.
Não, não podia ser verdade. Tiraria isso a limpo quando a aula terminasse.
Não, não podia ser verdade. Tiraria isso a limpo quando a aula terminasse.
Não posso dizer que senti o tempo demorar a passar. Não acreditava na possibilidade, era apenas uma pergunta da qual nós duas riríamos depois. Então apenas me concentrei na aula, para variar um pouco.
O sinal tocou. Fui imediatamente até sua carteira encostada na parede.
-Ei Marina, é verdade que você vai sair da escola?
-É.
-Por quê?
-É por umas coisas... uns problemas...
-Tudo bem, não precisa me contar. Quando?
A menina sentada do lado dela me respondeu.
-Amanhã! Hoje foi o último dia dela!
Tirei a menina da frente e dei um abraço na Marina.
-Vou sentir sua falta.
-Obrigada por tudo, tá?
E saí.
Saí por obrigação; senão seria deixada para trás pela van, e também não sou boa com cumprimentos e despedidas.
No portão da escola, virei-me para minhas amigas.
-É verdade. Ela vai sair.
-Quando?
-Hoje foi o último dia.
-Ah, nem consegui me despedir...
Ignorei-as e me virei para Anita, que também era uma das 5 pessoas “eternas”.
-Ela estuda com a gente desde quando?
-Desde sempre!-respondeu ela.
Me despedi e entrei na van.
Só lá acho que realmente tomei consciência do que aquilo significava.
E não era uma coisa boa.
Era duro sentir os braços de um amigo ao seu redor e só depois perceber que aquilo nunca mais aconteceria. Agora havia apenas 4.
Talvez fosse apenas eu quem dava importância para essa história boba. Afinal, o que havia acontecido conosco? Nos distanciáramos ao longo do tempo. Eu não sabia se era apenas eu quem os valorizava daquele modo.
“Desde sempre”. Minha mãe me respondeu a mesma coisa quando cheguei em casa e lhe perguntei isso. Desde sempre, mas não para sempre. Ou então, o "para sempre" é muito mais curto do que eu havia imaginado.
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Como vocês devem ter percebido, despedidas me deprimem -.-
É isso q causa um texto pra baixo como esse.
Então, Goumenasaaaai. |
E é isso!
Desejando tudo de bom para minha amiga q vai mudar de escola, e digo Tchau!
Bjus, Bia, a Depressiva (hahaha brinks '-')
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