Voltei!
É q eu não postei ontem, então já vou colocar o final do texto aqui. Dívida é dívida!
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-Deixe-me ver se eu entendi- falei, devagar, tentando não
ficar bravo. Ela dava pulinhos, o que não me ajudava a cuidar do longo corte na
palma da sua mão. – Você resolveu sair do hospital sem receber alta, pulou o
muro do hospital com a perna machucada
e se cortou com vidro quando caiu no chão?!
-Ééé... Basicamente isso! Mas com você falando desse jeito
parece muito pior do que realmente é! – ela sorriu, e eu bufei. Logo depois ela
fez bico. – Não é seguro deixar vidro no chão! Povo mal-educado.
-Míriam, quantas vezes eu tenho que te dizer para não fazer
essas coisas irresponsáveis? Você devia tomar mais cuidado, um dia vai se
machucar seriamente e eu não vou querer nem ver!
-Eu não preciso tomar cuidado! – levantei as sobrancelhas,
contendo a algum esforço minha irritação. E ela completou, toda feliz. –Você
vai estar aqui para cuidar de mim depois como sempre faz!
Esse comentário me desarmou, e a raiva escapou como o ar de
um balão furado. Estava surpreso por ela estar tão certa e eu nunca ter
percebido esse fato tão óbvio. Eu sempre
estivera lá para cuidar dela, talvez até mais que seus pais, e sempre estaria,
por mais que ela arruinasse meu cabelo ou me colocasse em encrencas. Talvez eu
devesse fazer Medicina. E foi aí que eu percebi outra coisa óbvia... que se
vocês não sabem qual é, eu não vou contar.
Aproximei meu rosto do dela e á beijei na testa. Outro
carinho comum, mas dessa vez, o significado era outro. Ela percebeu que algo
estava diferente, e fez uma expressão confusa, tentado entender o que eu
fizera. Como se nada tivesse acontecido, eu voltei a cuidar do corte e ri.
- Sim, eu encontrei a planta. Com quem você acha que está
falando? Não é fácil ser seu comparsa! – seus olhos brilharam de novo, e eu
sabia que ela já tinha se esquecido do que acontecera alguns segundos antes.
Ela era assim. A direção de seus
pensamentos mudava muito rápido, era uma pessoa ocupada. – Mas agora você vai
voltar para o hospital, mocinha. Nada de invasões à escola antes de você estar
100%!
-AAN? Por queeee? Nãoo, Niquinho, meu amiguinho lindo... –
ela reclamou, e eu ri novamente.
Tudo voltara ao normal. Ou pelo menos tão normal quanto
poderia dentro de mim depois do que eu fiz. Um dia eu contaria para ela como me
sentia. Mas esse dia também não era hoje. Por enquanto, ela ainda era apenas
uma criança feliz. E nós devemos deixar as crianças viverem a infância.
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É, eu sei, sem beijo ou declaração no final. Eu, como uma fã de Shoujo (tipo de anime/mangá direcionado para meninas), sei como isso é IRRITANTE, mas eu simplesmente não ia conseguir fazer um final decente com isso.
Tipo, ia arruinar o texto todo!
Senti falta disso tb, mas mesmo assim eu achei q ficou fofo, e vcs?
E uma notícia boa: finalmente o meu Tumblr está acessível! AEEE!
Eu já o personalizei e tudo mais, então vcs podem entrar nele agora!
O nome é Apenas Uma Criança Feliz. Espero que gostem!
Bjus Bia, uma pessoa q apesar de não ter colocado uma declaração ou beijo no fim de um texto espera acordar com sua cabeça no lugar.
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