E isso porque eu prometi enviar a fanfic para uma pessoa assim que terminasse de revisar. Mas não é minha culpa, sério. Estou ficando estressada com a Bia que escreveu aquilo, então preciso de uma pausa.
E falando em ficar irritada com Bias do passado...
Não, o tema do post não é arrependimentos. Quero dizer, quase é. Pessoas, eu gostaria que todos voltassem alguns anos no passado... ou muitos, dependendo da sua idade. Tentem se recordar de um período da sua vida que gostariam que ficasse envolto em trevas para sempre.
Sim, é disso mesmo que eu estou falando.
O PERÍODO DE APROXIMADAMENTE 12 ATÉ 14 ANOS.
Não, não quero falar de puberdade e de crescer de um jeito meio estranho e de ser magricela e desengonçado. Vamos nos aprofundar em um aspecto ainda mais horrível e mortificante dessa faixa etária do que o corpo bugado. É, agora você sabe do que eu estou falando.
Das coisas que você fazia quando tinha essa idade.
Cara, não adianta. Eu sei que você tenta esquecer, mas não dá para negar todas as besteiras que fez naquela época. Toda a humanidade já passou pela fase do LOL SOU TÃO LOUCO E RANDÔMICO!!! na qual fez as coisas mais sem sentido e idiotas do mundo. E por que fez isso? Por absolutamente nenhum motivo. Porque achava que era divertido e engraçado.
Pode abrir o coração. A gente sabe que aconteceu.
Eu passei por uma fase gigantesca disso. Desde bem antes dos 12. E sim, eu também prefiro tentar apagar a minha memória a lembrar, mas infelizmente algumas coisas perduram. Tipo minha mania de, no quarto ano acho, limpar todas as carteiras com o apagador antes de a aula começar. E também algumas pessoas. E também a mim mesma.
Assim. Ridículo.
E a pior parte é que eu me achava o máximo dos máximos a jamais maximizar. Eu tinha orgulho de agir como uma lunática. Por quê? Eu não sei, cara. Crianças são estranhas.
O ponto é que, independente de em qual idade, essa fase acontece. E ela segue estágios.
Primeiro, você começa a agir como louco. E claro; acha o máximo. E normalmente as pessoas em volta acham também porque estão tentando fazer a mesma coisa. Começa uma espécie de competição sem sentido sobre quem é mais estranho. Alguém ganha, o que só incentiva o comportamento. mais tarde, você junta a isso um estranho fascínio pelo sobrenatural e sangue e coisas sombrias. Pais e professores se desesperam. Você continua se achando demais.
Eu acredito sinceramente que há uns vinte anos atrás era só isso. Ficava nesse estágio e depois passava.
Mas aí um inglês inventou a internet. Já ouviram falar?
A intenet adicionou um aspecto completamente novo a esse período de terror. ela permitiu que você o deixasse público para o mundo inteiro e impossível de apagar.
Éé. Agora perceberam a dimensão do problema, não foi.
Por exemplo: esse blog tem 5 anos. Ele engloba um pedaço significativo da minha vida. E eu tenho vergonha de muitas coisas que disse aqui.
Em um post eu falei que música de abertura de anime era um lixo. Quantos anos de cadeia eu devia pegar por isso, na boa? (gostaria de comunicar para a Bia daquele post que tenho 146 dessas músicas lixo no meu celular)
Escrever é uma coisa que melhora com a prática e que é super influenciada pelo que você lê e assiste. Em 2012 eu adquiri um vício um pouco embaraçoso em shoujos (mangás e animes de romance), como comentei aqui (*clica*). E coincidente, escrevi pra caramba em 2012. Assim, muito mesmo. E fiquei bem orgulhosa de alguns textos, orgulhosa o suficiente para POSTÁ-LOS NO BLOG.
Nem louca que vou colocar um link para esses posts aqui, tá.
Tipo, ok. Admito que não ficaram tão ruins assim. Mas gente, pelo amor de zeus, parece que eu escrevi roteiros de shoujo. A mesma estrutura, as mesmas falhas na trama, a mesma falta de sentido, as mesmas declarações completamente embaraçosas. E EU POSTEI. PORQUE ESTAVA TÃO BOM QUE PRECISAVA COMPARTILHAR COM O MUNDO.
perguntei para a minha mãe porque ela me deixava entrar na internet naquela época e ela riu.
Reli um dos textos que postei. Reescrevi. Mas tive que interromper algumas vezes para rir e me balançar em posição fetal em um canto do quarto.
Não sei nem dizer o que senti. Foi uma vergonha muito profunda.
foi o que quis perguntar para a eu daquele ano |
Dói, né.
Os 14 anos são o ápice da estranhice. Você é adolescente agora; poderia até andar com a turma do médio porque você é tãaao maduro e estiloso. Você sabe de tudo e você é sensacional. As outras pessoas não te entendem porque elas são posers toscas.
Aí você vai pro primeiro médio e faz 15 anos e entende.
Na boa, as pessoas deveriam ser encarceradas aos 14 anos e liberadas só um ano depois. Pro seu próprio bem. Pra não criar memórias como as que estamos revirando agora.
E depois dessa sessão de tortura, que eu tenho certeza de que invocou algumas lembranças calorosas, vou embora para todo mundo tentar se recuperar da vontade de enforcar o você do passado. Não esqueçam de que se não fosse por ele você não teria evoluído para quem é hoje! =D
MUCH CRESCIDO SUCH MADURO |
beijos Bia, alguém que apesar de tudo é grata por ter escrito tanto em 2012.
p.s. lembram disso?